O efeito rebote ocorre como uma reação contrária ao esperado, quando a oleosidade da face aumenta. Isso acontece justamente quando removemos o excesso de oleosidade com produtos que têm esse objetivo, mas acabamos retirando também a hidratação natural da pele. Dessa forma, em uma tentativa de proteção e recuperação da hidratação, o organismo reage produzindo …
O efeito rebote ocorre como uma reação contrária ao esperado, quando a oleosidade da face aumenta. Isso acontece justamente quando removemos o excesso de oleosidade com produtos que têm esse objetivo, mas acabamos retirando também a hidratação natural da pele.
Dessa forma, em uma tentativa de proteção e recuperação da hidratação, o organismo reage produzindo ainda mais sebo.
O efeito rebote pode acontecer em todos os tipos de pele e não somente na pele oleosa, a partir do momento que usamos produtos que ressecam demais, ou lavamos demais o rosto, retirando toda a sua proteção natural. Por isso, é importante entender qual é seu tipo de pele e os produtos ideais a ela.
Algumas orientações para evitar o efeito rebote:
– Usar hidratante apropriado ao tipo de pele – toda pela precisa de hidratação, mesmo as mais oleosas!
– Os produtos para pele oleosa devem ser leves, em forma de gel ou serum, de rápida absorção e oil free. Peles secas podem usar produtos em cremes mais densos, conforme orientação médica.
– O filtro solar também é importante e vários deles ajudam no controle da produção de óleo!
– Lavar o rosto apenas duas vezes por dia, com sabonete adequado para o tipo de pele.
– Evitar banhos muito quentes e demorados – a alta temperatura da água remove a oleosidade natural da pele, o que estimula o organismo a produzir mais sebo.
– À noite a pele fica mais suscetível à penetração dos ativos de produtos que ajudam a fortalecê-la e equilibrá-la.
– Mantenha a ingestão regular de água, pelo menos 2 litros por dia, para hidratar de dentro para fora.
Algumas pessoas tem o rosto naturalmente mais oleoso
A pele oleosa é consequência da produção excessiva de sebo pelas glândulas sebáceas. Suas características principais são o brilho excessivo e poros dilatados. A oleosidade fica mais concentrada na chamada zona T (nariz, testa e o queixo), áreas que normalmente costumam aparecer cravos e espinhas.
O aumento da atividade da glândula decorre de fatores hereditários, hormonais e alguns outros específicos que também influenciam:
* Consumo excessivo de alimentos com alto índice glicêmico (estudos têm mostrado que o excesso de carboidrato e açúcar estimula a produção das glândulas sebáceas)
* Estresse (com estresse contínuo, o cortisol permanece alto e favorece o aumento dos hormônios androgênicos)
* Cremes e cosméticos muito oleosos e oclusivos
* Variações de temperatura, uma vez que no verão a oleosidade aumenta porque a glândula sebácea é sensível ao aumento de temperatura e produz mais óleo
* Suplementos com anabolizantes (eles podem aumentar o nível de hormônios masculinos)
* Excesso de vitamina B
* Alguns medicamentos antidepressivos e anti-inflamatórios
Na pele oleosa, é importante manter a higiene com produtos apropriados (oil free e não comedogênico). Há medicamentos de uso local, sob a forma de gel ou loção, que ajudam a promover a desobstrução dos folículos pilosos, regulam a forma como as células da pele se multiplicam e a produção de oleosidade.
É importante que todos os produtos sejam indicados pelo dermatologista.
Dra. Tatiana Steiner – Dermatologista
CRM 109788 / RQE 24723
Especialista pela SBD (Sociedade Brasileira de Dermatologia)
Membro da Sociedade Brasileira de Cirurgia Dermatológica (SBCD)